Analisando as estatísticas divulgadas pela Comissão Europeia em 2013 (último ano em que foi efetuada esta comparação por país) Portugal aparece em 3.º lugar do ranking, apenas com Malta e Estónia à frente.

Com uma média de 74,8% que considera quatro variáveis: a prioridade ao utilizador, a transparência do governo, a utilização deste serviço fora do país e os requisitos chave para a realização destas operações. Este indicador mostra o avanço do nosso país entre os 28 estados membros na adoção da contratação por via eletrónica.

O pioneirismo de Portugal na adoção da contratação por via eletrónica, com a entrada em vigor do código dos contratos públicos em 2007, é determinante para a posição que hoje o país detém.

O pioneirismo de Portugal na adoção da contratação por via eletrónica, com a entrada em vigor do código dos contratos públicos em 2007, é determinante para a posição que hoje o país detém. Em 2007 verificou-se um grande envolvimento e empenho de todos os intervenientes, entidades públicas e operadores económicos na adoção desta nova forma de contratar e esse empenho foi essencial para fazer de Portugal um exemplo a seguir na União Europeia. Portugal soube antecipar uma realidade e agregar conhecimento no domínio digital que hoje é essencial face aos desafios que se avizinham.

(…) mais de 90% da Administração Pública está online, com uma presença “cada vez mais transacional e não meramente informativa”

No nosso país, e de acordo com os dados divulgados em Outubro passado pela ACEPI, no âmbito da semana de comércio eletrónico, sabe-se que mais de 90% da Administração Pública está online, com uma presença “cada vez mais transacional e não meramente informativa”, o que é justificável pela obrigação falada anteriormente.

Em Portugal o B2B e o B2G mais do que duplicou nos últimos 5 anos. Segundo a IDC, em 2014 o volume de transações online B2B e B2G atingiu 45 mil milhões de euros, sendo que a mesma fonte prevê que esse valor seja de 80 mil milhões de euros em 2020.

Olhando para o panorama global da União Europeia, percebe-se porém que ainda existe um caminho a percorrer, que por certo será impulsionado com a entrada em vigor das novas diretivas europeias de compras públicas. Se analisarmos os dados globais veremos que apenas 33% dos cidadãos europeus utilizam a internet para fazer envio de documentos oficiais para os governos centrais e regionais, apesar desta percentagem subir para 74% quando se trata de envio de documentação para empresas. No que diz respeito à apresentação de propostas pela via eletrónica os números são francamente mais baixos havendo um decréscimo de percentagem de envios para apenas 13%.